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Foto do escritorDra. Fabiana Leite Pestana

Alimentos proibidos para seu pet

Certos alimentos são considerados tóxicos para cachorros e gatos, e mesmo que alguns deles façam uso de dietas naturais, é importante evitar a oferta desses itens. Tanto cães, como gatos que se alimentam de ração quanto aqueles que acabam ganhando comida dos tutores devem ser protegidos dessas substâncias prejudiciais.


A ingestão desses alimentos pode desencadear várias manifestações clínicas, incluindo vômitos, diarreias e, em casos mais graves, dificuldade respiratória, lesões em órgãos, hemorragias, convulsões e até levar à morte.



Com o intuito de alertar sobre os perigos desses alimentos, a CLÍNICA VETERINÁRIA RUA DAS ROSAS compilou uma lista com os 10 mais perigosos.

A conscientização sobre essas substâncias é essencial para garantir a saúde e o bem-estar dos nossos amados companheiros de quatro patas.


1. Alho e Cebola


Alho e cebola são alimentos tóxicos para cães e gatos devido à presença de organossulfóxidos, substâncias prejudiciais encontradas na cebola (crua ou cozida) e no alho. Esses compostos podem causar danos, que resultam em anemia.


Os principais sintomas relacionados à anemia incluem mucosas pálidas, taquicardia – batimentos acelerados, taquipneia – respiração acelerada, fraqueza e letargia.

Além disso, a ingestão desses alimentos pode causar problemas gastrointestinais, como vômito, diarreia e dor abdominal, e em casos mais graves, pode levar a icterícia e insuficiência renal aguda.


Para evitar a intoxicação, é importante não oferecer alimentos preparados com cebola, como fígado acebolado ou arroz, e evitar produtos industrializados que contenham esse ingrediente em sua composição. A atenção à alimentação do pet é fundamental para garantir sua saúde e bem-estar.


2. Álcool


O álcool presente em bebidas alcoólicas pode causar diversos efeitos colaterais nos pets, e embora os animais geralmente não sejam atraídos pelo álcool, é possível que fiquem interessados em bebidas adocicadas ou com frutas, como coquetéis e batidas.


No entanto, o etanol presente nessas bebidas é rapidamente absorvido pelo organismo dos cachorros devido à sua alta taxa metabólica e absorção sistêmica acelerada.

Os efeitos do álcool nos animais são mais acentuados, especialmente em cães pequenos. Bebidas com maior concentração de álcool e doses elevadas podem causar sintomas como depressão, letargia, incoordenação, salivação excessiva, vômito, desmaio, redução da frequência respiratória, hipotensão e hipotermia, semelhantes aos efeitos observados em seres humanos.


Além disso, outras manifestações comuns incluem ataxia (perda de coordenação motora), diminuição dos reflexos, alterações comportamentais, excitação e bradicardia (diminuição da frequência cardíaca).


3. Chocolate


O chocolate é considerado o verdadeiro vilão para os animais devido ao seu teor de cacau. Essa fruta contém teobromina, uma substância conhecida por seu efeito diurético, vasodilatador e estimulante do sistema nervoso central e do coração.


Mesmo uma pequena quantidade de 100 a 150 gramas de chocolate pode causar intoxicação grave nos animais, levando-os a apresentar sintomas como diurese (aumento da produção de urina), taquicardia (aumento da frequência cardíaca), agitação, distensão abdominal, dificuldade respiratória, espasmo e fraqueza muscular, vômitos, diarreia, aumento da sede e da temperatura corporal, tremores, arritmia cardíaca, convulsões e até entrar em coma.


A teobromina é rapidamente absorvida após a ingestão do chocolate, o que leva a estimulação imediata do cérebro e do coração do cachorro, podendo desencadear arritmias cardíacas. Além disso, o alto teor de gorduras do alimento pode afetar o pâncreas do animal.


Portanto, é essencial manter o chocolate longe do alcance dos peludos, pois seu consumo pode ter consequências graves para a saúde desses animais de estimação. Caso seu animal ingira chocolate acidentalmente, é importante procurar atendimento veterinário imediatamente para evitar complicações sérias.


4. Cafeína


Café, chás e outros compostos com cafeína são estritamente proibidos para os pets devido à presença dessa substância, capaz de causar intoxicação. Assim como a teobromina encontrada no chocolate, a cafeína é uma metilxantina estimulante que pode afetar gravemente os cães e gatos, sendo eles mais sensíveis a essa substância do que os humanos.


A cafeína pode desencadear uma série de sintomas clínicos nos animais, afetando o coração, o sistema nervoso central, os rins e os pulmões. Entre os sinais de intoxicação estão vômitos, dor abdominal, dificuldade respiratória, fraqueza, perda de coordenação motora, taquicardia, tremores musculares, convulsões e até mesmo coma.


Esses sintomas geralmente aparecem aproximadamente de 1 a 2 horas após a ingestão de cafeína. Além disso, os animais podem apresentar diarreia, respiração acelerada, produção excessiva de urina, sede aumentada e tremores.

Para garantir a segurança e bem-estar dos animais, é fundamental evitar qualquer oferta de café, chás ou alimentos contendo cafeína.


5. Xilitol – adoçante


O xilitol é um tipo de adoçante artificial presente em diversos produtos, como balas, chicletes, cereais, pães, sobremesas fitness e pasta de dente. No entanto, esse adoçante é extremamente tóxico para os animais e pode desencadear uma série de problemas de saúde.


A intoxicação por xilitol pode levar a alterações no fígado, resultando em insuficiência hepática, além de causar um aumento significativo na liberação de insulina nos cães. Os sintomas de intoxicação são variados e podem incluir letargia, hipoglicemia (baixa taxa de açúcar no sangue), convulsões, vômitos, falta de coordenação motora, fraqueza, icterícia, hemorragias gastrointestinais, desmaios, convulsões e, em casos graves, até mesmo a morte, dependendo da quantidade ingerida.


Nos cães, o xilitol é rapidamente absorvido pelo organismo, levando a um pico violento de insulina e uma rápida redução nos níveis de glicose no sangue. Além disso, existem evidências científicas de que a ingestão de xilitol também pode causar falência hepática em cães, especialmente em doses mais elevadas.


É essencial que os tutores estejam cientes dos perigos do xilitol e evitem oferecer alimentos e produtos contendo essa substância aos seus animais de estimação.


6. Macadâmia


Ainda é desconhecida a substância que presente na macadâmia, é tóxica para os animais, mas após a ingestão, cães e gatos podem desenvolver uma série de sintomas que surgem até 12 horas depois. Esses sintomas incluem fraqueza, depressão, vômitos, hipertermia, ataxia, paresia, dor e edema nos membros traseiros. Além disso, os animais podem apresentar tremores, dor abdominal, claudicação, rigidez nas articulações e mucosas com coloração mais pálida.


É um alívio que, geralmente, os sintomas desapareçam por conta própria e durem de 12 a 48 horas. Contudo, é importante ressaltar que o quadro pode ser assustador e causar desconforto significativo ao animal.


Outras castanhas, como a do Pará, nozes, amêndoas e amendoim, não possuem toxidade semelhante, mas devem ser oferecidas com moderação devido ao alto teor de gordura. A vigilância cuidadosa dos alimentos oferecidos aos nossos animais de estimação é essencial para garantir sua saúde e bem-estar.


7. Sementes e caroços


As sementes e caroços de algumas frutas podem representar riscos para os pets, como os caroços de pêssego, ameixa, manga, abacate e avocado são frequentemente associados a obstrução gastrointestinal quando ingeridos pelos animais.


Em casos de ingestão desses caroços, pode ser necessária a realização de cirurgia para removê-los. Os principais sinais clínicos de que algo está errado incluem dor abdominal, prostração, falta de apetite e vômitos.

Além disso, as sementes de maçãs e peras apresentam um composto chamado glicosídeo cianogênico, que é tóxico.


Os sintomas de intoxicação podem surgir rapidamente após a ingestão das sementes e incluem dificuldade respiratória, taquicardia, mucosas pálidas, salivação excessiva, tremores musculares e fraqueza. Portanto, é essencial evitar que os animais tenham acesso a essas sementes e caroços para garantir sua segurança e bem-estar.


8. Uvas e uva-passas

Todos os tipos de uva são reconhecidos como perigosos para a saúde dos cães e gatos, embora o mecanismo exato de sua toxicidade ainda permaneça desconhecido, e a toxina ou fator responsável não tenha sido identificado com precisão.


As manifestações clínicas geralmente surgem entre 6 a 24 horas após a ingestão da uva, e os sintomas comuns de intoxicação incluem diarreia, anorexia, dor abdominal, fraqueza, desidratação, tremores e letargia. Além disso, podem ocorrer problemas renais, como o desenvolvimento de lesão renal e insuficiência renal aguda. Infelizmente, em muitos casos, a ingestão de uvas pode ser fatal.


É essencial destacar que qualquer tipo de uva ou passa, mesmo que sejam orgânicas e estejam com ou sem casca ou sementes, pode causar danos abruptos aos rins dos pets.


9. Abacate


Apesar dos vários benefícios que o abacate oferece na alimentação humana, para animais, essa fruta é considerada tóxica e pode até levar à morte. Tanto a fruta em si quanto sua semente, folhas e cascas apresentam perigos aos animais quando ingeridos em grandes quantidades, devido à presença da substância chamada persina, uma toxina fungicida que causa alterações gastrointestinais.


Os animais que foram intoxicados por consumir em excesso o abacate podem apresentar sintomas como vômitos, diarreia e letargia nas primeiras 24 horas. Com a evolução da intoxicação, podem surgir dificuldades respiratórias, acúmulo de líquido abdominal, em torno dos pulmões e no pericárdio (a membrana que envolve o coração), além de inchaço generalizado.


Portanto, é crucial evitar que os peludos tenham acesso ao abacateiro ou qualquer parte do abacate, pois mesmo pequenas quantidades dessa fruta podem ser prejudiciais à saúde dos animais de estimação.


10. Ossos Cozidos


Apesar de fazerem parte de algumas dietas naturais, os ossos cozidos não devem ser oferecidos aos animais de estimação, pois o cozimento altera a estrutura molecular do colágeno dos ossos, tornando-os mais rígidos e propensos a se partirem.

Essa rigidez dos ossos cozidos aumenta significativamente o risco de perfurar o sistema gastrointestinal dos animais, causando danos sérios à saúde. Além disso, o tratamento térmico dos ossos torna-os mais difíceis de serem digeridos, o que pode levar a obstruções intestinais perigosas.


Sendo assim, é importante oferecer os ossos aos animais sempre em seu estado natural, crus, como eles costumam consumir na natureza, e com a orientação do veterinário. Isso ajuda a garantir a segurança e a saúde do pet, evitando problemas gastrointestinais e possíveis lesões causadas por ossos cozidos.



Se seu animais de estimação ingerir algum alimento tóxico ou contraindicado da lista, é fundamental que o tutor tome ações rápidas e responsáveis para garantir a saúde e bem-estar do pet. A primeira medida a ser tomada é entrar em contato imediatamente com um veterinário de confiança. O profissional poderá fornecer orientações precisas e adequadas para cada situação específica, além de em determinados casos realizar exames e procedimentos para avaliar se houve algum prejuízo à saúde do cão ou gato e indicar o tratamento adequado para cada situação.


Lembre-se de que a prevenção é sempre a melhor abordagem. Evite oferecer alimentos inadequados e mantenha produtos tóxicos fora do alcance deles. A atenção e cuidado com a alimentação do seu pet são essenciais para garantir sua segurança e saúde a longo prazo.


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